Olá pessoal, boa noite!!! Minhas férias acabaram e eu já retornei a minha rotina da forma mais intensa possível!! Mas hoje finalmente eu consegui tirar uns minutinhos pra vim trazer alguns comentários sobre um dos filmes mais aguardados para esses meses de janeiro e fevereiro e indicado ao Oscar 2016... A Garota Dinamarquesa.


     A Garota Dinamarquesa, ou The Danish Girl é um drama muito intenso, inspirado na vida de duas damas que viviam da arte, principalmente da pintura em tela, no início do século XX na Dinamarca. Lili Elbe, a principal inspiração para o filme, nasceu em 1882 como Einar Mogens Wegener e foi, além de uma artista de grande sucesso naquela época, a primeira mulher transexual a realizar a cirurgia de mudança de gênero. Logo após a realização do procedimento, ela substituiu seu nome masculino de batismo e passou a se chamar Lili Ilse Elvenes e, mesmo com tanto talento e paixão pela arte correndo em suas veias, decidiu abandonar a pintura.




     O filme começa com Einar vivendo dia após dia seu casamento com Gerda Wegener, que também era uma pintora com talento retratista no auge do desespero de vender e mostrar sua arte ao mundo. Certo dia, uma das modelos de Gerda faltou ao encontro para que ela pudesse retratá-la e, como faltavam apenas seus pés para finalizar a pintura, ela gentilmente pediu para que Einar vestisse suas meias, sapatos e sobrepusesse o vestido para que ela continuasse o trabalho. Porém o toque do vestido e a ideia de estar dentro dele despertou um lado que até então estava adormecido na alma de Einar. 

     Sentindo-se estimulada pela diversão do momento, Gerda propõe para seu marido que eles criassem uma personagem. Maquiagem, perucas, saltos e meias podem ter sido mais do que suficiente para que Einar encontrasse dentro de si uma mulher cheia de vida, sonhos e desejos... e para viver em sua pele, teria que abrir mão do Einar que existia em sua alma. 



Comentários

     Como disse logo no início, achei que o filme foi muito intenso e conseguiu explorar com maestria a dificuldade que Einar teve em assumir Lili, para si e para o mundo. Eddie Redmayne mergulhou fundo na interpretação e na minha opinião seria bem difícil selecionar outro ator para atuar em seu lugar, mesmo com as criticas destacado que não foi uma boa ideia ter colocado um homem cisgénero (termo designado ao indivíduo que vive em concordância entre a identidade de gênero e o sexo biológico) para interpretar um papel de um personagem transgênero. Ele foi perfeito. As expressões, a timidez em seu sorriso, a intensidade de seus sentimentos e o desejo de ser mulher com direito a toda a feminilidade que lhe cabia... e os gestos. Amei tudo!

     Alicia Vikander também não deixou nada a desejar na interpretação de Gerda. Eu já havia elogiado sua atuação em Os Agentes da UNCLE, mas neste filme ela ultrapassou minhas expectativas, principalmente pelo altruísmo da personagem em meio a tanto sofrimento. 


     O filme não foi baseado na história original de Lili Elbe, e sim inspirado em seus passos e suas decisões, tal qual o livro, que é uma adaptação fictícia da história real. Não necessariamente existiu o casamento de Einar e Gerda... mas eu gostei do jeito que foi criado esse mundo para eles. Fez tudo ficar mais dramático e intenso. Nada como um romance conturbado né?
     
     Agora minha confissão da vez: eu estou completamente apaixonada pelo cachorrinho do filme. Gente que coisa mais fofa!! Ele roubou minha atenção em todas as cenas e eu não tenho nem vergonha de admitir! Contagiante hahaha...



     Estes foram alguns comentários, e a pergunta que não quer calar: Eddie tem chances de (na minha humilde opinião) ganhar o prêmio de melhor ator?? 

     Não sei se estou apta a responder a pergunta de forma muito sincera, por que eu não tive nenhum comparativo! Não assisti outro filme que o ator tenha sido indicado na mesma categoria, mas a não posso deixar de ressaltar que ele merece sim. Penso que não foi fácil fazer todas aquelas cenas... precisa ser muito capaz, além de realmente amar ser ator e mergulhar em uma nova vida... e isso da pra ver de longe que ele tem. Então, se ele ganhar... vou aplaudir de pé!

    Espero que gostem dos comentários... deixem os de vocês aqui em baixo... e até a próxima!!


     Boa Noite pessoal!! Tudo bem com vocês?? Hoje eu trouxe uma super novidade aqui para o Blog. Como vocês bem já perceberam, eu vivo falando da minha mãe e ela está sempre presente em todas as minhas decisões e conquistas... e agora é a vez dela participar aqui do Blog também!!! E eu estou muito feliz de dividir mais um pedacinho da minha vida com essa mulher que me enche de orgulho e de amor... Então, algumas vezes, quando ela sentir vontade de se expressar, eu vou colocar aqui pra vocês... e com certeza vai muito sensacional, afinal ela é uma diva!!

     E pra começar com grande estilo, nessas férias ela leu Obstinada da Sylvia Day... um romance quente de época que eu ganhei e li em maio de 2014 e que agora passou a fazer parte da lista de livros lidos pela Sra. Claudia... 


Sinopse

     Londres, 1770. Debaixo de toda a seda e renda da sociedade londrina se encontra uma organização secreta de espiões de elite. Proteger a Coroa de seus inimigos é uma tarefa árdua, mas, para Marcus Ashford, proteger seu coração de uma obstinada paixão é um perigo ainda maior.
     Como agente da Coroa, Marcus Ashford, o Conde de Westfield, já enfrentou inúmeros duelos de espada, foi atingido por dois tiros e se esquivou de mais disparos de canhão do que poderia contar. Porém, nada o excita mais do que o primitivo apetite sexual de sua ex-noiva, Elizabeth. Anos atrás, ela o preteriu pelo charmoso Lorde Hawthorne. Mas agora, Marcus deve defender a elegante viúva, e o fará ao mesmo tempo em que cuida de suas outras, mais carnais, necessidades, mostrando a ela até onde vai o real desejo de um homem.

Comentários

     Não acho que esse título faça jus à Elizabeth. “Destemida” seria um título que lhe cairia bem, já contando um pouquinho da sua personalidade.
     
     Gostei do livro por que a história é narrada em Londres (lugar das minhas últimas férias), um dos meus lugares preferidos em todo o mundo. Numa época onde as opiniões e vontades das mulheres não significavam muita coisa está a nossa heroína, nadando contra seu coração, não se permitindo ser feliz por conta de um orgulho que, para nós hoje, não é algo tão importante assim.
    
   Os ingleses têm essa mania de esconder seus sentimentos, mantendo a pose e não deixando transparecer as emoções do momento. São capazes de guardar grandes segredos e passar solitários por sofrimentos imensos.



     Sorte a nossa ela ter em seu caminho um homem exatamente igual a ela. Forte, orgulhoso, lindo, destemido e muito, muito persistente. Emoção, aventura, surpresas, amor e romance estão em toda parte. A autora soube explorar bem esse lado sem deixar que nossa heroína fosse transformada numa caricatura ridícula ou vulgar. Ela permite que Elizabeth atravesse toda a história envolta em lindos vestidos, espartilhos e rendas, mas até quando não está usando nada é absolutamente encantadora.

     Permitam-se olhar para Elizabeth como gostariam de ser olhados e só então terão várias horas de satisfação, leveza e prazer ao decorrer das páginas de Obstinada.
Claudia Elias


   Ah! Que orgulho dessa mãe!! Amei os comentários... acabei me sentindo um tanto quanto nostálgica, afinal já faz um tempo que eu não leio Sylvia Day, e esse ano eu pretendo reler a série Crossfire, logo após o lançamento de Todo Seu em abril. Mas, nada como um romance de época, né? Sempre irresistível...
     Estou torcendo para que vocês tenham gostado dessa participação especial aqui no Blog, e espero ansiosamente por mais comentários e resenhas suas por aqui viu mãe! Volte quando e sempre que quiser!!   

Beijos e até o próximo post!!



Obstinada
Sylvia Day
Editora Universo dos Livros – 2014
304 páginas
ISBN: 978-85-7930-686-0
Por Cláudia Elias


     Olá pessoal, esse é o primeiro post aqui do Blog em forma de TAG!! Já faz um tempinho que eu tento me organizar pra postar algumas por aqui, já tenho um tanto delas respondidas, principalmente no Instagram @cademeulivro, mas falta passar para o formato de post de uma forma que fique legal e não entediante. Outra coisa que eu quero fazer, e não vai demorar muito (espero) é uma TAG “retrospectiva 2015”, com as melhores TAG que eu respondi o ano passado... mas, por enquanto, eu resolvi aceitar o desafio e responder uma que foi enviada pelo Lucas Raspante do blog parceiro Tentando Ser Nerd, que é composta de questões pessoais relacionadas a literatura... então ai vou eu...



Questão 1: Se o seu blog não fosse sobre livros, sobre o que seria?

     Bom, pra começar esbanjando sinceridade, eu nunca realmente pensei em ter um blog. Mas, quando dei por mim, tava aqui!! E como já havia comentado em outro momento, descobri uma nova paixão em 2014, que é viajar. Então se eu tivesse um blog, que não fosse literário, com certeza seria relacionado a viagens!!

Questão 2: Com que personagem literário você se casaria?

     Santa mãe de Deus, como eu faço pra responder essa pergunta?? Com sinceridade né? OK já entendi. Bom, eu acho que antes mesmo de escolher, eu gostaria de ser contemplada com um (ou dois) amor(es) verdadeiros, como a Tessa Grey de As Peças Infernais teve a chance de ser. Se pudesse escolher apenas um, seria o indescritível Mr. Fitzwilliam Darcy, de Orgulho e Preconceito de Jane Austen, como representante másculo de todo cavalheirismo já escrito nesse mundo. Mas como eu mudei um pouco as regras do jogo, eu me casaria também com William Herondale de As Peças Infernais, por que não basta querer ser como a Tessa, eu quero sentir na pele amor também! Hahaha...



Questão 3: Qual livro você gostaria de ter escrito?

     Li essa pergunta já há algum tempo, e nunca soube encontrar uma resposta muito certa. Cada livro tem sua magia, seus encantos... mas nada me fez sentir a chamada “inveja boa” de querer ter sido a pioneira a escrever determinada história, até terminar de ler As Memórias Perdidas de Jane Austen. Agora já não sofro mais com essa pergunta! Ser capaz de projetar uma história tão linda tendo base uma vida tão sofrida e real é muito difícil... e Syrie James fez um trabalho extraordinário, e eu quis muito ter apenas um terço dessa habilidade, de transformar no coração das pessoas uma ficção em realidade plena.



Questão 4: Diga três palavras que te definem.

     Romântica. Determinada. Sonhadora.

Questão 5: Imagine que você possa reler apenas um livro. Qual seria?

     Complete Novels of Jane Austen edição única e bilíngue, pra juntar tudo em um único volume... vale a pena!!

Questão 6: A comida da sua vida é...

     Parmegiana com batata frita

Questão 7: Qual a sua música favorita?

     Olha, sei que sou assumidamente apaixonada por John Mayer, mas minha música preferida, por incrível que pareça, não é dele. A única música que eu consigo pensar pra se encaixar nesta categoria é Aint No Mountain High Enough do Marvin Gaye. Mas ouso dizer que a versão cantada na 9ª temporada do The Voice USA por Mark Hood e Celeste Betton também fez meu coração saltar dentro do peito... chorei!




Questão 8: Qual país você escolheria para morar?

     Não tive a oportunidade de conhecer nem metade da metade do Brasil, muito menos o restinho básico do mundo. Mas de todos os lugares que eu estive, ou sonhei que estive... acho que fico com a Inglaterra. Não necessariamente Londres, poderia ser o interior.. em Derbyshire, Hampshire... Kent. Amaria qualquer um desses lugares...

Questão 9: Você tem o poder de mudar o mundo. Qual seria a primeira coisa a fazer?

     Definitivamente essa é a mais difícil. Pode parecer estranho, mas pode ser que eu começaria cessando as brigas por questões religiosas, políticas e outros fatores que resultam em guerra, já que é uma questão global. Mas a miséria, fome e a falta de estrutura e recursos também assola todo o mundo... então acho que ficaria em dúvida. Só não tenho dúvida de uma coisa: as pessoas precisam ter mais fé, em Deus, na justiça, e em um mundo melhor.

Questão 10: Qual seu blog e canal favoritos?

     Mais uma confissão quase escandalosa. Eu não sigo muitos canais nem blogs, por que meu dia a dia é bem corrido e quase não tenho tempo de sentar e ligar o computador, e quando o faço é para escrever aqui pra vocês. Mas, desde que me atrevi a entrar nesse mundo eu acompanho o blog e o canal da Melina Souza, também da Bruna Vieira e da Daniele Noce, a super confeiteira do ICKFD e Por Uma Vida Mais Doce!


     Bom pessoal, acho que deu pra conhecer um pouquinho mais sobre mim, né? Ando muito apaixonada por Jane Austen, e acabei nem citando Harry Potter desta vez, o que é bem impressionante! Mas gostei muito dessa TAG!! Já agradecendo ao Lucas por ter enviado.. 

     Não vou indicar ninguém, mas quem quiser reproduzir, é só me avisar que eu corro lá pra ver as respostas!! 

Beijo beijo e até a próxima!


     Oh meu bom Deus! Estou tremendo só de pensar em escrever essa resenha. E eu falo isso por que nada do que eu escrever aqui vai ser suficiente pra demonstrar nem um terço da efusão de sentimentos que eu tive. Primeiro que uma história relacionada à vida da minha escritora preferida não poderia resultar em menos do que lágrimas. De alegria, de tristeza, de compaixão... e também pelo fato de que se ao menos metade desses fatos realmente aconteceram, meu coração se consola, por que mesmo em meio a tantas dificuldades ela foi amada verdadeira e profundamente... e é o mínimo que ela merecia!



“Jane diz, nas primeiras páginas deste livro de memórias, que está escrevendo para “...ter algum registro do que aconteceu, para evitar que a lembrança desvaneça nos recônditos da minha mente, e dali desapareça para sempre da história...”

     Certa vez, durante uma importante reforma em uma das casas pertencentes à Jane Austen, em Chawton, Hampshire, na Inglaterra, um dos operários descobriu um baú escondido no telhado do sótão, que para a surpresa de todos, estava repleto de manuscritos antigos e um anel antigo trabalhado em ouro e rubi. Os arquivos, que na verdade eu prefiro chamar de relíquias, eram documentos e fatos escritos ao final do século XVIII e início do XIX e foram declarados autênticos, de autoria da própria escritora. Assim, encarregada de contar para o mundo toda aquela riqueza da melhor maneira possível, a Dra. Mary I. Jesse, Ph. D em literatura inglesa pela universidade de Oxford e também presidente da Fundação Literária Jane Austen, tem a missão de estudar os manuscritos, que foram escritos de maneira coloquial e carregados de interjeições, representando verdadeiramente os sentimentos de Jane e de todos que viviam com ela, até seus últimos dias.  



“Não é concebível que uma mente ativa e um olhar e ouvido atento, combinados a uma imaginação vívida, possam produzir uma obra literária de algum mérito e deleite, que pode, por sua vez, evocar sentimentos e sensações que se assemelham à própria vida?”

     Então, nas páginas de todo o livro, temos um relato preciso dos dias da vida de Jane que compreendem o intervalo entre os anos de 1800, próximo ao seu 25º aniversário, até o ano de 1817. Seu foco principal abrange uma coletânea de histórias meticulosamente alteradas e sucessivas sobre um cavalheiro que Jane conheceu nesta época, se apaixonou profundamente e protegeu com toda sua alma a pouca privacidade que tiveram, devido às circunstâncias em que viviam.



“...como alguém pode esquecer o que se tornou parte de sua própria alma?”

     Em suma, a vida de Jane não foi nada fácil. Ela sempre teve uma paixão pela escrita, principalmente de cartas. Também tentou escrever sobre o amor, mas como escrever sobre algo que não era totalmente conhecido por ela? Um amor juvenil ou apenas um flerte não seria suficiente. Jane precisou viver o amor, sentir na pele... e então seus sentimentos ganhariam vida em pena e tinta para escrever os livros que até hoje encantam e fascinam tantas pessoas.

     Suas memórias trouxeram as aflições de uma mulher e não mais de uma jovem (como demonstrado em Amor e Inocência), que tiveram início quando seus pais resolveram abandonar seu lar em Steventon e mudar para Bath. Já tendo que suportar a falta de paz daquela cidade, Jane teve ainda que ser forte com o adoecimento e morte de seu pai, que a colocou junto com sua mãe e sua irmã Cassandra em uma situação de completa miséria, sem uma casa pra chamar de lar. Por dois anos elas viveram dependendo de acolhimento e caridade na casa de parentes, irmãos e cunhadas, e o mais próximo que Jane chegou de escrever foi enquanto contava histórias para seus sobrinhos.


" - Você tem um dom, Jane. Não se esqueça disso."

     Confesso que estou me segurando aqui para não contar, mas é que essa história merece ser lida e relida inúmeras vezes!! E eu preciso deixar um pouquinho de curiosidade para despertar a imaginação de vocês...

     Acho que já mostrei que a vida dessa mulher não foi fácil, mas preciso ressaltar que ela foi muito querida por sua família, principalmente por seu irmão Henry. E por falar nele, é durante um passeio que Henry convence Jane a fazer até Lyme que ela simplesmente escorrega em seu possível “amor de uma vida inteira”... quem é ele? Tudo bem eu conto pra vocês!

     Este é o Sr. Ashford, Frederick Ashford...  herdeiro das terras de Pembroke Hall em Derbyshire, ao norte da Inglaterra. Um homem de traços fortes, viril, que esbanjava honestidade e sensibilidade. Um homem que talvez desse valor ao amor em sua legítima definição, mesmo ela sendo tão abstrata. Se eu já me apaixonei por ele em 5 minutos, quem sou eu para julgar os sentimentos de Jane?? Agora, como essa história se desenrola, eu vou deixar pra vocês descobrirem sozinhos...


" - A escolha é tudo que temos, mamãe - afirmei, enfática - Se algum dia eu me casar, será por amor. Um amor profundo, verdadeiro e apaixonado, baseado em respeito, estima, amizade e uma convergência de mentes."

     Já nas minhas considerações finais, preciso comentar sobre os momentos que eu mais amei, e é claro que a grande maioria deles está relacionada com as atitudes de Jane, seu silêncio quando necessário, sua sensibilidade, sua paixão pela musica, pela escrita e também pela natureza, sua honestidade e fidelidade à família e até seus momentos de ironia, tão presentes em suas obras. E finalmente falando sobre a história da construção de suas novelas... ai Jane! Meu coração chega a explodir ao ver tanto de sua própria vida em suas páginas imortalizadas.
     
     Jane e Cassandra mostram inúmeros traços da personalidade de Marianne e Elinor de Razão e Sensibilidade... assim como a conduta e comportamento de alguns clérigos foram o suficiente para construir um Mr. Collins em sua total chatice de ser, me fazendo rir e chorar ao mesmo tempo. Bem como alguns lugares do tipo... Pembroke que muito remete à Pem... berly... tanto em nome quanto em imensidão e riqueza. Isso foi a segunda coisa que eu mais gostei a história. E pra finalizar, Chawton House. O que dizer dessa casa ainda mais quando eu já estive lá? Sabendo que foi naquela mesa que Jane voltou a escrever depois de tanto tempo... e que muitas histórias foram contadas, criadas e reinventadas... simplesmente não tenho palavras, só amor! (Quem quiser saber mais sobre minha visita à Chawton House e o Jane Austen’s House Museum, clique aqui)  


"Com a mente ainda se recuperando da desventura, me virei para fitar meu salvador e me percebi olhando para o par de olhos azuis profundos mais vívidos e inteligentes que eu já havia visto."



" - Jane não quis ser desrespeitosa. Acho que ela estava escrevendo mentalmente outra vez."

     Mais do que recomendado esse livro... e eu já estou arrumando lugar na minha lista de releituras pra encaixá-lo, por que vale a pena!! Ahh... uma coisa muito importante! Preciso destacar que este livro trata-se de uma história de ficção com traços biográficos de Jane. Sua história existe, mas traz muitas lacunas, e a autora soube preenchê-las de forma esplêndida com sua imaginação ativa e iluminada... mas, como diz o próprio sobrinho de Jane, “... se eu acreditar na sua história como a contou, ela será tão boa como se fosse de verdade?”... meu coração acredita que sim!

...o restante, fica para a imaginação!



As Memórias Perdidas de Jane Austen
Syrie James
Editora Galera Record – 2013
320 páginas
ISBN: 978-85-01-08861-1
Por Izabela Elias


     Olá pessoal tudo bem por ai??? Ontem eu fui ao cinema, meio sem saber o que assistir e decidimos nos aventurar com uma animação da Disney... primeiro porque todos os filmes da Disney são sempre muito bem feitos e encantadores, e segundo porque parecia ser muito fofo e diferente,.. então fomos, eu e a minha mãe chiquérrima, com direito a pipoca e óculos 3D... e agora eu vim contar um pouquinho do filme e fazer alguns comentários... 



     O Bom Dinossauro (The Good Dinosaur), é um filme de animação infantil, cheio de fantasias e efeitos especiais encantadores, que foi produzido pela Disney Pixar, dirigido por Peter Sohn, que também dirigiu os filmes Universidade Monstro e Ratatouille. 
     Nele temos uma história hipotética, demonstrando como seria a vida na Terra se não tivesse acontecido a tragédia com o meteoro. Os dinossauros ainda estariam aqui e a vida humana seria possivelmente vista de um angulo bastante diferente. 


     Arlo é diferente. Vindo de uma família de Apatossauros agricultores, seu pai é um exemplo de fortaleza e coragem, sua mãe é determinada e muito trabalhadora e seus irmãos seguem o mesmo caminho de seus pais. Mas Arlo é sim, muito diferente. Ele é um dinossauro assombrado pelo medo desde o dia em que a casca de seu ovo rachou. Tudo e qualquer coisa que não seja conhecida, um inseto, ou outros animais... até mesmo sua própria sombra lhe causa arrepios. Mas se ele quiser deixar a sua marca no mundo, precisa vencer os desafios da vida com coragem.
      Juntos, Arlo, seus pais e seus irmãos tomam conta de uma fazenda produtora de milho. Cada um tem sua função ali naquele pedaço de terra visando sempre o cultivo e bem estar de toda a família. O inverno vem chegando e eles desconfiam que existe alguma criatura que vem roubando o estoque de comida que eles produzem. Com isso seu pai lhe dá a difícil tarefa de proteger a comida e também descobrir e eliminar de uma vez por todas o causador de todo esse transtorno. E na tentativa de ser corajoso, Arlo acaba se embolando com a criatura, que é um projeto de humano, e cai no rio que margeia sua casa. A correnteza faz com que o dinossauro bata a cabeça e desmaie e após um longo percurso desacordado, Arlo desperta e, mesmo muito assustado, tenta reunir forçar pra achar o caminho de casa. 
     


     Em meio a tantos desafios, a vida de Arlo é salva muitas vezes pela pequena criatura selvagem, e é nesse ponto que o filme mostra a diferente visão do ser humano na Terra. O dinossauro passa a chamar a criatura de Spot e é como se ele fosse seu animalzinho de estimação... um cachorro, para ser mais precisa. E juntos, vão encontrar muitas aventuras e muitos perigos na busca pelo caminho para casa.

Comentários

     Bom, primeiramente eu confesso que li algumas críticas sobre o filme e quase 100% delas falavam mal da animação, dizendo que o roteiro deixou a desejar e que, comparado a outros filmes da mesma linha de produção, O Bom Dinossauro teve uma baixa receptividade pelo público. Eu concordo que este seja um filme com roteiro mais simples, que gerou grandes expectativas e acabou causando uma impressão não muito boa, tanto para o público infantil quanto adulto. Mas eu sou da opinião de que o que é simples pode ser também excepcional e trazer uma mensagem linda. 
     A família, a proteção e a necessidade de coragem para vencer os obstáculos da vida ficou bem nítido na história, bem como a amizade e o trabalho em equipe. Achei muito bonita a ideia que o filme passa e foi isso que me fez gostar de tudo. Posso ter esperado grandes cenas e fotografias incríveis, com acontecimentos surpresas e uma história surpreendente, mas me contentei com a simplicidade e a elegância das cenas.
      




     E em segundo lugar eu queria contar que o desenho me trouxe um sentimento nostálgico, devido a possível referência que ele faz a alguns filmes clássicos da Disney, como O Rei Leão, Mogli e Bambi. Não vi isso como uma coisa ruim, como eu ja disse anteriormente, em algumas críticas que eu li, esse acontecimento foi dado como falta de originalidade, o que para mim não é verdade.
     Arlo e Spot mostram uma sintonia muito bonitinha e a necessidade de um proteger e abrir mão do benefício próprio para salvar o outro ganhou meu coração, e creio que fez muita gente se emocionar naquela sala de cinema. Ahh e por falar nisso, obviamente o cinema estava lotaaaaado de crianças e fazia tempo que eu não entrava em uma sala tão cheia delas assim, o que fez parte da diversão, pois os comentários extremamente honestos são impagáveis... coisas do tipo "mãe eu quero ir pra casa agora" ou "ele morreu mamãe?" e até mesmo algumas risadas exageradas me fizeram dar umas boas risadas...


     Ainda falando de amizade, o filme trouxe mais uma coisa que eu achei muito linda, em meio a toda essa simplicidade que eu venho destacando... que foi o fato de que juntos, Arlo e Spot foram capazes de voltar pra casa, e não estou falando que eles voltaram juntos para a fazenda dos pais de Arlo.. e sim que cada um conseguiu achar o seu lugar no mundo, a sua verdadeira casa e que mesmo longe, sempre seriam amigos! 






     Preciso destacar também os momentos que mais gostei, como quando Arlo e seu pai correm juntos pelo campo cheio de vaga-lumes, e também da corrida com os chifrudos... a fotografia, mesmo sendo simples, ficou perfeita e as cenas foram de encher os olhos! Amei!! Fazer o que??




     Então eu fico por aqui, e deixo vocês com o trailer do filme!! Espero que vocês gostem do review... e quem assistiu e não gostou, dê mais uma chance!! Vale a pena... eu acho que nunca ficaremos velhos demais pra aprender mais um pouco sobre as coisas mais valiosas da vida.



... até a próxima, pessoal!




     Olá pessoal, tudo bem com vocês?? Hoje eu trouxe um post um pouquinho diferente, com uma resenha fora do modelo que eu sempre sigo, porém eu espero que agrade a todos vocês. Logo no começo desse ano, eu peguei essa trilogia da Colleen Hoover pra ler e não consegui me desgrudar enquanto não vi o final do terceiro. A história e o desenvolvimento de toda a trama é instigante e eu me peguei várias vezes dizendo “só mais um capítulo” totalmente em vão, porque eu não larguei nem por um segundo. Ou seja, não fui capaz de me dedicar na construção individual de resenhas pra vocês. Por isso, hoje eu trouxe uma resenha tripla!!

     Para que não fique tudo embolado, e sim bem organizado a fim de evitar spoilers, eu vou subdividir cada resenha, em livro 1, 2 e 3, porém todas em um único post, okay?? Estão vamos lá...



Métrica (Slammed 1)


     Talvez o Texas tenha ficado pequeno demais para tanto sofrimento, ou é apenas a chance de viver uma nova vida, dar conta dos problemas financeiros e quem sabe até um novo destino... Layken não sabe ao certo. Ela só sabe que está dirigindo um caminhão de mudanças há mais de dois dias, até chegar à cidade de Ypsilanti, próxima a Detroit, no Michigan. Há 6 meses que ela vive apenas com Julia, sua mãe e seu irmão Kel, pois seu pai faleceu de modo inesperado deixando apenas o vazio em suas vidas. Cansada, e nada empolgada com a mudança, Lake (era assim que seus pais a chamavam) estaciona em frente a sua nova casa e pouco tempo depois recebe as boas vindas de uma dupla de desconhecidos que logo se apresentam como Caulder e Will, seus novos vizinhos. Caulder e Kel tem aproximadamente a mesma idade e em uma fração de segundos já se tornam os melhores amigos. Will é um pouco mais velho que Lake, mas independente disso acaba sendo muito prestativo em ajudar com a mudança, de casa e também do humor de Lake, que passa de uma tristeza profunda e irremediável para um lampejo de esperança que ela mesma desconhecia.


"Compreender uma situação nem sempre facilita as coisas"

     Aos poucos as coisas vão se ajeitando nessa nova vida e a proximidade entre Lake e Will aumenta de maneira totalmente irresistível, até que surge a oportunidade de um encontro. Eles combinam de sair logo no início da noite e Will faz todo um suspense quanto ao destino escolhido. Lake não sabe muito bem como reagir ao se encontrar na porta de uma boate, e ao ver o desespero da garota, Will começa a explicar as “regras” do jogo que ela está prestes a conhecer. Esse é o Slam. Uma batalha de poesias, que vem da alma, que emudece os preconceitos e aquece o coração. Ali naquele palco, Will mostra para Lake sua paixão pela poesia e pela arte de interpretá-la de forma que pudesse desabafar seus sentimentos. E ali mesmo, ele abre seu coração e mostra quem ele é, verdadeiramente. 


"Arrependimento é contraproducente. É ficar se lembrando de um passado que não pode mudar. Duvidar das coisas à medida que elas ocorrem pode evitar que o arrependimento surja no futuro"

     Há dois anos, Will passou por um momento que mudou para sempre sua vida e o moldou para ser o homem que ele é hoje. É por esse e por outros motivos que Lake começa a se apaixonar e questionar suas próprias atitudes de menina romântica. Eles são perfeitos um para o outro, exceto por um detalhe que foi irrelevante no encontro dos dois. Um único detalhe que colocaria em risco um sentimento mútuo que estava crescendo... detalhe esse que vai se tornar apenas uma das grandes pedras no caminho e impedir que fiquem juntos.

     Bom, eu sei que algumas pessoas que leem esse livro e fazem a resenha acabam contando pelo menos alguns dos pequenos suspenses que Colleen faz durante a leitura. Eu me recuso a contar, pelo menos nesse momento, já que achei que o livro segue em cima desse problema de Will e Lake de forma maçante (mas não de um jeito ruim) e muito triste. Sim, eu achei uma história triste de forma construtiva, afinal ambos os personagens tiveram muito que aprender e amadurecer com os problemas e também com a falta de uma resolução imediata. O tempo foi o grande vilão dos dois e os problemas aumentaram ainda mais o carinho e a sensibilidade da história como um todo.
  

"Esta vendo só? As pessoas não são capazes de chorar para sempre. No fim das contas todo mundo pega no sono"

     Inicialmente eu tive a plena certeza que leria uma história muito clichê, mas Colleen sempre me surpreende, obviamente. Eu amei a construção dos personagens... Lake é muito sensível, mas também é uma menina/mulher forte, determinada e que tem argumentos sensacionais que cabem em qualquer discussão (eu queria conseguir ter respostas tão confiantes e rápidas, na ponta da língua, assim como ela), o que a difere das menininhas bobas que existem por ai nos livros. Júlia, também é sensacional, mas vou deixar pra falar dela no próximo livro. Will tem um coração enorme, sincero e muito maduro pra sua idade, já que a vida exigiu que ele abdicasse de muita coisa para se tornar quem ele era, sem perder a essência de menino. Os meninos, Caulder e Kel são crianças ótimas, compreensivas e que acabaram ensinando muito mais os adultos do que o contrário.

     Concluindo essa primeira parte, que já ficou imensa (as outras eu prometo ser mais breve), amei o livro... li em praticamente um dia e já estou com medo de esquecer os detalhes. A história teve uma conclusão fechada, ou seja, não exige imediatamente uma continuação, mas eu não estava pronta pra deixar Will e Lake.. então parti logo para o segundo livro...

Pausa (Slammed 2)


    Depois de conhecer o mundo e as decepções aos olhos de Lake, que agora vive somente com seu irmão Kel, após a morte de sua mãe, é a vez de Will narrar a continuação do romance que os envolvia. Aquelas pedras no meio do caminho dos dois, representando todos os problemas e negações, agora estão empilhadas e prontas para que juntos possam construir um lindo castelo e viverem felizes para sempre. Mas é claro que nada disso acontece, afinal estamos falando de Colleen Hoover. Quando Will e Lake se assumem e passam a viver um romance quase compatível com a normalidade, o passado vem à tona pra fazê-los questionar sobre os verdadeiros motivos para estarem juntos. Esse passado tem nome e cabelos loiros, e se chama Vaughn, a ex-namorada de Will.


"Se eu fosse um carpinteiro, eu construiria para você uma janela para minha alma"

     Assim que os pais de Will morrem, ele tem a infelicidade de também ser deixado pela namorada. Hoje, quase três anos depois de tê-lo abandonado sem olhar pra trás, Vaughn volta para se desculpar e tentar uma reaproximação, alegando que ele só está namorando Lake devido à similaridade dos problemas que ambos enfrentaram juntos. Assustada com todo o choque da volta do passado de Will, Lake se afasta e pede um tempo para assimilar tudo que está acontecendo na vida dos dois. É nesse momento que entre eles existe uma pausa e um pote de vidro cheio de estrelas de papel que traziam conselhos de uma mãe que nunca quis deixá-los. Julia é agora o anjo da guarda dos dois, e suas palavras vão ajudá-los a enfrentar os problemas e os medos que os assombram.


"Adoraria saber onde fica o limite entre o desespero e o sufocamento"

     Pensem em um livro sensacional. É esse! Eu amei cada vírgula dessa história, cada acontecimento e suas justificativas. Foi intenso e BEM melhor que o primeiro. Foi mais triste também, isso eu não posso negar, mas foi mais original do que Métrica. A mãe de Lake, como eu havia prometido falar dela agora, acabou se tornando uma mãe para Will também, mas infelizmente sua saúde não colaborou para sua permanência na vida deles. Júlia foi uma mãe incrível, protetora e amiga, com um coração enorme e pronto para fazer com que Lake enxergasse o melhor lado de toda e qualquer situação. Foi pensando em oferecer um ombro amigo e um conselho para os momentos difíceis que, durante o seu ultimo ano de vida, escreveu algumas frases em pequenos pedaços de papel, e os dobrou em forma de estrela, para que quando seus filhos precisassem de um colo de mãe, ela estivesse simbolicamente presente. Só isso já valeu o livro todo pra mim. Foi lindo, sensível e cheio de amor.


"Às vezes acontecem algumas coisas na vida que não foram planejadas. Tudo que você pode fazer agora é aceitar a situação e começar a elaborar um novo plano"

     Algumas pessoas comentaram comigo que o final do livro foi meio que “uma pegadinha” com o leitor, já que todos nós imaginávamos que tudo tinha se resolvido e de repente... BOOM!... o mundo de Will e Lake vira de ponta cabeças. Eu confesso que fiquei assustada, mas foi uma passagem fundamental na leitura, que mexeu com a estrutura dos personagens e fez com que os eixos fossem acertados. Foi triste. Foi chocante. Mas é Colleen! Não poderia ser menos do que isso! A M E I.

Essa Garota (Slammed 3)


     Neste terceiro livro a autora expõe uma situação diferente. É um livro elaborado para contar a versão de Will em Métrica, mas com uma pitada a mais de emoção.


"Ontem à noite eu sonhei com essa garota
caramba
essa garota"

     Will e Lake agora são o Senhor e a Senhora Cooper. Sim, eles estão casados e em lua de mel... muito fofos e românticos. Mas Lake quer saber de tudo que se passou na cabeça de Will quando eles se conheceram. Assim, os capítulos são alternados entre o momento atual, onde o casal está junto em um hotel, e a história de como eles se conheceram e todos os problemas que sofreram juntos, aos olhos de Will.

     Sinto que foi um livro que seria legal dar um tempo... e ler só quando eu tivesse com saudade da história, pois assim eu iria relembrar tudo sem ter que reler todos os livros desde o início (igual eu estou fazendo com Um Caso Perdido, já que eu estou enrolando o máximo que eu posso para ler Sem Esperança). Mas eu não consegui esperar e acho que não me arrependi, pois os últimos capítulos foram inéditos e muito fofos!!  


"A única coisa capaz de abalar alguém inabalável é algo impensável"

Comentários gerais

     Colleen vem me conquistando cada dia mais, e esse livro não foi diferente. Eu amei a história, amei conhecer mais sobre o ‘SLAM POETRY’, presente em todos os livros e que até então eu desconhecia. Desconhecia o poder da própria poesia, vendo por esse lado. Cheguei a procurar alguns vídeos no Youtube e a energia nas apresentações é contagiante. Impossível não se emocionar. No final de tudo aqui eu deixo um vídeo como exemplo pra vocês.

     Will com certeza mais do que absoluta entrou para o meu TOP Amores Literários (que qualquer dia eu faço uma seleção de todos eles em um post exclusivo aqui no blog)... e eu confesso que não consigo achar uma característica mais marcante nele que fez eu me apaixonar. Tudo leva a crer que ele é perfeito, até os seus defeitos!

     A ordem de preferência dos livros, na minha opinião foi em primeiro lugar ‘Pausa’, seguido de ‘Métrica’ e ‘Essa Garota’... e confesso que ficaria um tanto quanto animada com a possibilidade de uma adaptação cinematográfica!



     Bom pessoal, acho que é isso.. foi uma leitura muito intensa, que vale a pena realmente... espero que vocês tenham gostado, sei que ficou extenso mas a intenção foi mesclar um pouco dos três livros. Deixem nos comentários o que vocês acharam da série e também da resenha!! Agora fiquem com dois vídeos... o primeiro é de uma amostra do que é SLAM POETRY, e o segundo é de uma música dos Avett Brothers, afinal todo livro da Colleen tem uma trilha sonora própria.. esse não poderia ser diferente!



(Sei que é em inglês, mas infelizmente não achei nada em português... quem souber de algum me avise que eu substituo. Lembrem-se que é um modo de expressão, de desabafar e mostrar o que realmente estão sentindo. Sem preconceito. Com amor)

(The Avett Brothers - I and Love and You) 


E... The End!! Até a próxima, pessoal!!





     É pessoal... depois de quase 2 meses que eu finalizei essa leitura, só hoje eu consegui sentar aqui pra escrever a resenha. Ainda não estou preparada pra deixar Ian e Sofia, e por isso não consegui pegar Destinado pra ler. Mas já que 2016 parece prometer muitas coisas boas, logo logo eu crio coragem e me entrego a mais um pouquinho dessa paixão... por enquanto, aproveitem a resenha de Encontrada...



“Suspirei, encostando a bochecha na massa negra de seus cabelos. Nunca me senti tão próxima de Elizabeth Bennet como naquele instante. E meu caso era ainda pior. Lizzie não tinha os problemas que eu tinha”

     Depois de tanto sofrimento longe de Ian, quando foi arrastada de volta para o século XXI, Sofia consegue voltar para os braços do amor de sua vida e desde então se prepara para encarar sua nova realidade: o casamento. E em meio a tanta correria dos preparativos para o grande dia, ela começa a perceber que ser a nova Senhora Clarke não vai ser nada fácil. Desde muito jovem, Sofia soube que ser independente seria fundamental em sua época de vida, e depois da morte de seus pais teve que lutar praticamente sozinha para sobreviver. Hoje, vivendo há 180 anos antes de seu tempo, Sofia sente a necessidade da independência, tanto financeira quanto de poder resolver seus problemas e ajudar sua nova família. Assim, na tentativa de presentear seu futuro marido e também se desculpar por tantos danos e mal entendidos, ela negocia com o joalheiro um lindo relógio de bolso afirmando que vai pagá-lo com seu próprio dinheiro. Claro que isso não vai ter um resultado muito bom, ainda mais para aquela época, mas o que mais assusta Sofia é que as confusões em que se mete pode colocar seu casamento em perigo.



“É como um coração mecânico. Ele grava a passagem do tempo. Os ponteiros registraram cada dia quando ainda nos conhecíamos, numa espécie de contagem regressiva. Eles marcaram cada minuto desde que nos encontramos. E agora marcarão cada segundo da nossa vida”


     Não bastando os próprios problemas, Sofia ainda tem que atuar os disparates e insolências de uma tia que Ian convidou (por educação) para o seu casamento. Sendo possivelmente comparável com a tia bruxa de Mr. Darcy em Orgulho e Preconceito, a Lady Catherine de Bourgh, Dona Cassandra chega à casa da família Clarke e praticamente tentar arruinar todos os planos matrimoniais. Confesso que cada momento que essa velha indecente aparecia no livro, eu tinha vontade de distribuir alguns socos de graça em toda sua cara empapuçada. É claro que o próprio destino e a força de vontade de Sofia deram um jeito em sua petulância, mas ela merecia o pior dos finais possíveis. Afff... (Chega de falar dela, que eu fico mais brava ainda)

“Ah, e o Ian tem uma tia que anda fazendo da minha vida um verdadeiro inferno. Imagine uma Lady Catherine de Bourgh, só que cheia de pelancas e duas vezes mais venenosa. Pois é”.

     O tão esperado dia do casamento chega e não poderia ser mais inusitado, afinal quase não houve casamento!! Sofia ainda estava sob influência do desconhecimento de muitos costumes da época, e isso poderia arruinar tudo, somado a todas as circunstâncias. A cada dia, a cada instante, um deslize dela era somado à pilha de confusões, que só crescia. Se Sofia achou que casar era o mais difícil, ela não sabia o que a vida havia lhe reservado para o seu “felizes para sempre”. Para começar, havia algo estranho acontecendo, em sua casa e também na vila e ela percebe que todos sabem, exceto ela mesma, e depois de muito desconfiar, acaba se convencendo que a sua inadequação era motivo de vergonha para todos, principalmente para Ian e Elisa, e que depois de tantos gastos com o casamento, a família estava com dificuldades, e seu marido era incapaz de dividir com ela.



“- Nada de “mas”. Ela é sua, Sofia, assim como tudo que está sob este teto. Foi assim desde que entrou aqui pela primeira vez. Tudo esperava para ser reclamado por você. Inclusive eu”

     Na tentativa de salvar o futuro financeiro de sua família, Sofia decide ampliar sua produção de um creme condicionador para os cabelos, e negociar com o dono da botica, já que todas as damas almejavam seu produto e despencavam até sua casa para encomendar e comprar cada vez mais... sempre em nome da beleza. Sua impulsividade acaba fazendo com que Sofia “esqueça” que naquele século em que vive o homem é que sustenta a casa, e quando percebe que suas atitudes vão humilhar e magoar Ian, já é tarde demais.
     Entre altos e baixos, amor e tristezas, Sofia sente falta de Nina, sua melhor amiga. Justo agora que ela precisa de alguém do seu lado, para lhe abraçar e dizer que tudo vai ficar bem, e que, mesmo fazendo tudo errado, Ian a ama. Em meio a tanto desespero, existe mesmo uma luz? Onde está sua “fada madrinha”?



“- Sabe bem que para mim é sempre um prazer lhe ser útil”

     Bom pessoal, não posso dizer que o livro foi feliz o tempo todo, como em um conto de fadas. Sofia se enrola em seus próprios deslizes de uma tal maneira, que se a história fosse em algum lugar frio eu diria que a bola de neve provocou uma imensa avalanche. As diferenças, que deveriam somar às qualidades dos casais, acaba colocando os ideais de Sofia e Ian literalmente “para brigar”, tudo por conta de um pequeno detalhe resumido em 2 séculos de diferença: o tempo. Para ela tudo mudou, não existe mais a submissão feminina ao sustento do homem e, como resultado de uma interpretação equivocada, Ian acha que é insuficiente para ela, e o “felizes para sempre” está, mais do que nunca, por um fio.


     Mas não me interpretem mal, eu amei o livro! Acho que esse lado “não conto de fadas” foi essencial para o crescimento e amadurecimento, não só de Sofia, que estava colhendo os frutos de sua escolha, mas também de todos os envolvidos na trama. O final do livro me surpreendeu de forma indescritível. Não quero contar muita coisa para não dar spoiler, mas tudo foi milimetricamente calculado, e só de lembrar meus olhos ainda ficam marejados. A conexão "passado e futuro" foi linda e surpreendente, afinal, quem não ia querer um futuro brilhante nascido de um final feliz?



     Uma observação mais do que importante... Ian está presente na minha lista de amores literários, obviamente! Adoro seu coração puro, sua dedicação ao amor e seu olhar futurístico para aquela época. Amo o fato dele confiar em Sofia e em sua intuição... ai ai... (suspirando)... melhor nem entrar em tantos detalhes...
     Bom pessoal, eu vou ficando por aqui... afinal acho que hoje eu exagerei um pouquinho, mas quem nunca né?? Espero que tenham gostado da resenha, das fotos e principalmente do próprio livro, quem teve a oportunidade de ler... quem ainda não pegou a Serie Perdida pra ler, não enrole como eu fiz, leia logo!! Não vale muito a pena adiar o inevitável... sim você vai se render!! haha... 

Beijo enorme.. e até a próxima!




Carina Rissi

Editora Verus – 2014
476 páginas
ISBN: 978-85-7686-318-2
Por: Izabela Elias